Ainda o Black Rebel Motorcycle Club: impecável, banda “estreou” no Brasil, sexta

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* Sexta passada a banda californiana Black Rebel Motorcycle Club finalmente se apresentou no Brasil. Quer dizer, eles já vieram uma vez. Mas foi em 2011, naquele festival SWU, em Paulínia, meio da tarde, em dia de chuva. Tipo não valeu.

Mas agora veio a redenção. Eles tocaram num clima de clubinho fechado, em um local que é patrimônio histórico de São Paulo, numa sexta-feira à noite. Desta vez valeu. O grupo de São Francisco foi a grande atração de três dias de eventos comemorativos bancados pela marca de streetwear Vans, armados na famosa Casa das Caldeiras.

Para falar desse show, importamos do Paraná o internacional Fernando Scoczynski Filho para avaliar se o Black Rebel Motorcycle Club, de brilhante carreira inicial (2000/2001) mas de uma inconstância chata depois disso, ainda interessa à cana indie. No dia seguinte ao concerto do BRMC, perguntei ao Fernando o que ele tinha achado. “Do car*lho”, ele respondeu na lata. E escreveu isto aqui:

Show Black Rebel Motorcycle Club1

Um show “solo”, em lugar fechado, era uma situação ideal é única para apreciar uma banda como o Black Rebel Motorcycle Club, que normalmente só apareceria aqui em festival. O local, uma antiga caldeira (o nome não mente), com boa parte de sua estrutura original intacta, também ajudou na atmosfera do show. E assim, da primeira à última música, a banda fez o que bem entendia, da melhor forma possível.

Tocando para uma plateia de umas 1100 pessoas espalhadas por todo o evento, nem todos os quais eram fãs fervorosos do BRMC, foi uma ótima demonstração de toda a carreira da banda, quase um “best of” com alguns momentos inesperados (como a ótima “Awake” e a quase progressiva “American X”, com seus solos intermináveis). Uma performance basicamente irretocável, ao ponto que é até difícil comentar.

Enquanto em 2011 os músicos pareciam apáticos e desconfortáveis, neste segundo show mostraram uma simpatia que quase não condizia com as jaquetas de couro – especialmente o baixista/vocalista Robert Levon Been, chegando perto da plateia em diversos momentos. A mixagem do som favorecia mais a guitarra ou baixo, dependendo do lado do palco que você estivesse, mas não foi grande incômodo com um som tão alto.


* As fotos do BRMC em SP, daqui do post e da home, são de Fabio Nunes/Vans.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 21/03/2016
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