CENA – Transe esse transe. Saiu o novo disco do grupo paulistano BIKE

>>

cena

* Como já vi escrito por aí, “que viagem” esse disco novo do Bike. De Goiânia a Perth, na Austrália. Da Índia ao Nepal. A neo psicodelia roqueira das guitarras viajandonas e vocais etéreos, como se o cenário fossem montanhas verdes do interior de Minas Gerais, são os combustíveis do novo álbum do quarteto paulistano, o segundo, que veio suceder o disco “1943”, o de estreia, lançado há quase dois anos e que botou o grupo a percorrer estradas e estradas da cena brasileira.

Cassio_Cricor

E foi exatamente na estrada que o grupo concebeu este delicadíssimo “Em Busca da Viagem Eterna”, disco realmente transportador em todos os seus timbres e tecituras sonoras. A ideia é mesmo embarcar na temática que a banda propõe. O resultado é muito bonito.

“Tudo foi feito muito rápido, durante a estrada. Cada um ia mostrando o que ia fazendo e, quando dava, rolavam algumas jams”, conta como nasceu o disco novo o guitarrista Diego Xavier. Com o “1943” na bagagem, a banda viajou por mais 50 cidades de 15 estados por onde passou.

A citação a Minas Gerais, na descrição acima, não é acidental. Há um que de Mutantes com Clube da Esquina na toada das letras e no estilo de cantar dos quatro vocalistas do Bike, uns mais presentes que os outros, Diego Xavier (guitarra), Julito Cavalcante (guitarra) e Rafa Bulleto (baixo). O baterista Daniel Fumega completa a banda. É a mesma “escola” em que estuda os Boogarins, de Goiânia, já num outro patamar da carreira.

A viagem propriamente dita do Bike se intensifica agora em junho, quando a banda embarca para Barcelona para tocar na parte Pro do belo festival indie-gigante Primavera Sound e alguns shows em Portugal que passam pelo intercâmbio europeu armado pelo festival goiano Bananada (assim como o Primavera), além de apresentações no Reino Unido.

A feitura de “Em Busca da Viagem Eterna” diz muito sobre ele e sobre o som do Bike. O disco foi gravado no estúdio Wasabi, em São José dos Campos. A mixagem analógica e a masterização, passada pela fita de rolo, são de responsabilidade de Rob Grant (Poons Head Studio, Austrália), que já trabalhou com o Tame Impala.

Ouça, então, “Em Busca da Viagem Eterna”, do Bike. E boa viagem!


* A foto do Bike que está na home da Popload é de Camila Mott. A deste post, de Cassio Cricor.

>>

MITSKI – horizontal miolo página

news

Postado por Lucio Ribeiro   dia 10/04/2017
Editora Terreno Estranho – quadrado interno
MITSKI – inner fixed
Editora Terreno Estranho – inner fixed mobile