CENA – Vovô Bebê bota o Rio de Janeiro musical dentro da sua “Bolha”. Veja o vídeo

CENA – Vovô Bebê bota o Rio de Janeiro musical dentro da sua “Bolha”. Veja o vídeo Foto: divulgação

1 - cenatopo19

* Grande elemento da bombada CENA carioca e uma prova de que a vanguarda paulistana dos anos 80 não morreu (o que uma coisa tem a ver com a outra?), o senhor guri Vovô Bebê, persona de Pedro Carneiro que tem uma felicidade ótima no nome por apontar o que seu som pode fazer com uma MPB torta e necessária, no som e na letra, lança single novo agora, pela Popload.

1 - Vovo Bebe

“Bolha”, a música, de animado vídeo de animação no jeitão “lyric” que você pode ver aqui embaixo, é faixa de seu próximo disco, “Lixas Vários Tipos”, que sai agora em dezembro pelo esperto selo Risco.

“Lixas Vários Tipos” veio rapidinho, composto no ócio criativo quarentenesco, para suceder o ótimo “Briga de Família”, lançado em fevereiro.

A sonoridade difusa, uma bagunça arrumadinha de conceitos vocais e de som, de coros e improvisos, de guitarras, violinos, sopros e banjos tocados todos juntos, levam “Bolha” a essa citada vanguarda paulistana que circulava no underground nos anos 80. Ana Frango Elétrico, a gaúcha-carioca Duda Brack e o Thiago Martins, só para ficar nesses nomes da cena maravilhosa abençoada por Deus, bebem dessa água da Sabesp. O velho grupo Rumo deve estar orgulhoso, onde quer que seus integrantes estejam agora.

Bolha, que dá o nome à música, foi para onde Vovô Bebê voltou depois que lançou o disco anterior num outro mundo de fevereiro, um show duplo abarrotado na Audio Rebel, até que o vírus mandou todo mundo ir para casa e não sair mais.

Bolha, no caso, tem um endereço famoso onde muita coisa aconteceu e ainda acontece na música carioca, que é o do antigo Estúdio 304, do produtor Chico Neves.

O espicho do espectro de um nome como Vovô Bebê traz embutido coisas malucas, tipo o time de músicos que o acompanha nesta “Bolha”, que remete a um disco pandêmico solitário, mas cheio de gente. Entende?

Tudo remoto, a bateria é tocada pelo paulista entre cariocas (viu?) Biel Basile. Mais Gabriel Ventura (ex-Ventre) na guitarra, Jonas Hocherman no trombone e tuba, Karina Neves na flauta, clarineta por conta de Aline Gonçalves, além de, ÓBVIO, um solo de guitarra da Ana Frango Elétrico. “E todos cantam o coro no final e improvisam como se estivessem juntos e cheios de vida”, informam lá do Rio. Toma essa, pandemia!

Este som chega nas plataformas de streaming na virada desta terça (1º)  para quarta-feira (2).

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 01/12/2020
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