“In Utero”, o álbum brasileiro do colossal Nirvana, completa 25 anos hoje

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* Bom, o Nirvana foi a maior banda de rock que já existiu, fato que ninguém discorda, né? Banda punk para quem gostava de punk. Banda metal para metaleiro. Banda (quase) pop para quem curtia um som mais… pop. Kurt só não viveu muito tempo para trazer experimentações eletrônicas ou convidar algum rapper para cantar alguma faixa, porque olha…

Dito isso, viemos aqui para celebrar o aniversário de 25 anos do álbum “In Utero”, o terceiro e derradeiro da banda, lançado lá em 21 de setembro de 1993, e também conhecido como O DISCO BRASILEIRO do grupo do mitológico Kurt Cobain.

nirvanakurt

Brasileiro porque o Nirvana veio ao país no meio daquele rebuliço grunge-MTV-mundo musical de ponta-cabeça para tocar num final de semana em São Paulo, para 80 mil pessoas (há quem jure que tinha 120 mil), o maior público da história da banda, para no final de semana seguinte se apresentar no Rio de Janeiro, outro concerto famosão, transmitido pela Globo, cusparada na câmera, aquele auê. Tudo no festival Hollywood Rock, inacreditável em todos os sentidos, que aconteceu em janeiro de 1993.

No intervalo entre um show e outro, na semaninha livre, o Nirvana se trancou em um estúdio carioca, da BMG/Ariola, e fez sessões de gravações de boa parte do “In Utero”, o seu último registro. A idéia era a de que o grupo levasse de volta para os EUA umas demos e entrasse a sério num estúdio, o que aconteceria assim que botaram os pés na América, sendo trancados numa estação em uma cidadezinha pacata de Minnesota. A banda teria levado, do Rio, oito rolo com 20 horas de gravações.

O negócio é que o trio saiu deste período de estúdio americano com o “In Utero” prontinho em 12 dias. E algumas das canções usadas no disco são praticamente a pré-produção gravada no Brasil, com poucas mudanças e buriladas técnicas, o que fez os chefões da Geffen desconfiar de que teriam um álbum não tão milionário de vendas como o “Nevermind” (1991), por conta da genialidade abalada de Cobain, o saco cheio geral e o vício de heroína pesadíssimo, coqueteleira que o levaria a morte dali a menos de 1 ano.

Cerca de oito das músicas que entraram no “In Utero”, tipo “Heart-Shaped Box”, “Milk It”, “Scenteless Apprentice” e “Moist Vagina”, sõo praticamente as versões demo gravadas no Brasil.

Eleito na época como “disco do ano” por publicações como LA Times e Rolling Stone, “In Utero” ganhou uma absurda reedição de luxo em 2013, quando completou 20 anos. O álbum virou uma caixa com nada menos que 70 faixas bônus entre gravações remasterizadas, remixes, faixas demos e materiais inéditos. Junto com o material foi lançado também, na íntegra (em CD e DVD), um dos lendários shows do grupo – “Live & Loud” – realizado em Seattle em 13 de dezembro de 1993, no Píer 48.

Ainda sobre “In Utero” versão brasileira, no show do Rio a banda tocou pela primeira vez, ao vivo, duas das músicas que entrariam no disco. “Heart-Shaped Box” e “Scentless Apprentice”.

Para comemorar os 25 anos de “In Utero”, a Popload bota o álbum todo para tocar, abaixo. De bônus, uma versão do disco tocado todo ao vivo em 1993.

Cheers, Kurt!!!

https://youtu.be/g6xAyI9u0b0

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 21/09/2018
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