Livro revela que Mariah Carey, musa pop perfeitinha, tem um disco grunge podreira. Ouça “Demented” e “Malibu”

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* Amanhã sai em livro as memórias da conhecidíssima cantora Mariah Carey, musa pop/R&B dos anos 90, uma gigante vendedora de discos “melosos” e constante frequentadora do número 1 da “Billboard” para cada single que lançava. Inclusive com recordes anotados no Guinness e tal.

A obra, “The Meaning of Mariah Carey”, vai contar bastante sobre esse período de ouro da cantora, que era atriz, empresária, produtora e ativista de causas nobres. Inclusive que ali, no meio do sucesso todo de rádios, TVs e vendagens ela gravou escondido um álbum… grunge.

Neste domingo, ela postou essa novidade bizarra em sua conta do Twitter, com um trecho do livro. Foi em 1995, enquanto Carey gravava também o significante disco “Daydream”, sua guinada para o hip hop e também onde botou suas mãos na produção dela mesmo. O álbum, seu quinto na carreira, vendeu 20 milhões de cópias no mundo todo e emplacou número 1 em nove países, na semana de lançamento.

Mas ali, no meio dessa fabriquinha de hits comerciais e um ano depois da morte de Kurt Cobain (só para pontuar aqui), ela gravou seu disco alternativo. Compôs, produziu e fez os backing vocals escondidinho. Porque pegou a amiga que dividia casa com ela, Clarissa Dane, e a fez de vocalista principal e o rosto de uma banda inventada, a Chick.

Fun fact: I did an alternative album while I was making Daydream Just for laughs, but it got me through some dark days. Here's a little of what I wrote about it in #TheMeaningOfMariahCarey S/O to my friend Clarissa who performs the lead w/ me as a hidden layer #Chick #TMOMC pic.twitter.com/Re23t5whcd

— Mariah Carey (@MariahCarey) September 27, 2020

Conta Carey que ela admirava a onda de punk inspiradora e libertária de mulheres cantoras brancas da época, que pareciam desencanadas com seus sentimentos e suas imagens.

“Elas poderiam ser furiosas, angustiadas e bagunçadas, com botas velhas, marcas de rugas na cara e sobrancelhas malfeitas, enquanto qualquer vídeo ou filmen que eu fazia era tão calculado e perfeitinho. Eu queria me libertar de tudo isso, ser mais solta, expressar minhas angústias, mas ao mesmo tempo queria rir também. Todo fim de noite eu não via a hora de acabar as sessões de gravação do ‘Daydream’ para me dedicar às sessões da minha banda alter-ego”, revela ela em seu livro.

Conheças as músicas grunge de Mariah Carey, “Demented” e “Malibu”.

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