Notícia importante para os brasileiros. Saiu o line-up do Primavera Sound… da Espanha

>>

Untitled-1

* Por muitos e muitos anos, a brasileirada fã de música, em especial a música independente, era frustrada com o que acontecia por aqui, em termos de shows gringos, festivais poucos e bem mais ou menos. Daí o jeito, para quem podia, era viajar.

O primeiro festival adotado por brasileiros, dos que eu vi acontecer, foi o Reading Festival, na Inglaterra, anos 90. E um pouco o Glastonbury, para quem tinha “coragem” de enfrentá-lo.

Nos anos 2000 o eixo mudou. Com a retomada americana de festivais, com cada cidade grande dos EUA aos poucos tendo seu evento musical grande, era muito fácil ouvir português em vários deles. Português do Brasil.

Por um bom tempo, e ainda é até hoje mas com sentidos diferentes, o Coachella era o festival preferido pelos brazucas. O Sxsw também arrastava (e arrasta ainda) muitos brasileiros, mas primeiro os indies e depois as blogueiras de moda inundavam o deserto da Califórnia, cada um atrás de seu interesse, haha.

Mas de uns anos para cá, tipo de 2010 até agora, esse posto de “festival queridinho dos brasileiros” virou o Primavera Sound, de Barcelona.

Por vários motivos: é o festival mais decente em sua escalação de artistas e bandas independentes. É localizado dentro de Barcelona, fácil de ir e vir e com metrô perto (dá para ir até de bicicleta). Barcelona por si só é uma cidade absurda, com praia. E, de repente, por conta de uma galera atuante daqui, o Primavera Sound ganhou um “braço brasileiro”: virou parceiro, recebe bandas indies brasileiras em sua programação oficial e principalmente dentro de sua importante área PRO, uma espécie de festival dentro do festival, com showcases que servem para aumentar o intercâmbio cultural através da música, e que recebe bandas novas e emergentes de diferentes partes do mundo. Tudo isso graças ao trabalho árduo e extremamente bem-feito do combo A Construtora Música (Goiânia) e o selo produtor Balaclava (São Paulo).

Para dar uma ideia, no ano passado, foram daqui para se apresentar no Primavera Sound 2017 nomes de nossa CENA como Aeromoças e Tenistas Russas, BIKE, FingerFingerrr, Liniker e os Caramelows, Marrakesh, Me & The Plant e Tiê.

Pois bem…

Todo esse blablablá para dizer que o Primavera Sound divulgou seu grande line-up ontem à noite. Com três dias bem cheios, os princiapis, na verdade o festival acontece em quatro, com uma noite de abertura, menor, de graça, como se fosse para testar o festival e ver se tudo está funcionando bem. Neste ano essa primeira noite pequena terá apenas Belle & Sebastian e Spiritualized com orquestra, entre outros e fora as costumeiras surpresas.

De resto, sem Jamiroquai entre seus “nomes grandes do pôster”, o Primavera Sound foi a público com este pôster marcante.

Alguns destaques: tem o brasileiro Metá Metá na programação. Tocam na sexta-feira, dia em que botaram The National como grande headliner, nada mais corajosamente indie que isso. Numa data que escalam ainda os incríveis Arca, Mogwai e Charlotte Gainsbourg, Ty Segall e promovem a volta do Breeders. Bravo!

O fenomenal Nick Cave and the Bad Seeds (foto na home) e a islandesa duende Bjork comandam a noite de abertura, que elenca ainda War on Drugs, Fever Ray e um live do Four Tet nas letras garrafais do pôster. Sem falar no resgate do Chvrches.

E a noite de encerramento? A volta do Arctic Monkeys (os caras acima), a wonder Lorde, A$ap Rocky e a quadrilha indie Lykke Li, Beach House, Grizzly Bear e Slowdive na parte de cima das atrações, sem contar uma história tipo “Jane Birkin Gainsbourg Symphonic”. Tudo ainda com Deerhunter, Car Seat Headrest e Ariel Pink.

Aliás, o “recheio” do meio de line-up, para variar, é bem interessante. Repare, na última data, a do sábado 2/6, tem o Lift to Experience na escalação. O LIFT TO EXPERIENCE!!!!

Sério!

primavera

>>

MITSKI – horizontal miolo página
MITSKI – inner fixed
INTERPOL – inner fixed mobile