E foi assim o Popload Gig versão “girl power” com AU REVOIR SIMONE e CIBO MATTO…

AU REVOIR SIMONE

CIBO MATTO

Noite “girl power” no Cine Joia, ontem, dia 11 de maio. Era domingo, dia das mães e estava (muito) frio, mas ninguém se importou. Choque de gerações, estilo, figurino… Em comum, as duas bandas de Nova York só têm o fato de serem, er, de NY, e entrarem na categoria “bandas de meninas”.

Representando o indie do indie-cool dos anos 90, CIBO MATTO mistura trip-hop com avant-pop e com outros gêneros que a gente ainda não soube inventar. Show divertidíssimo, colorido, pra cima. Tocaram os “hits” (do indie do indie, vale lembrar) “Know Your Chicken” e “Sugar Water”, um pouco de MPB (“Águas de Março”, veja o setlist no final do post) e uma versão em espanhol de “10th Floor Ghost Girl”, do disco novo, que foi carinhosamente apelidada como “Chica Fantasma”. Ótimo nome, que virou também o nome da turnê das meninas pela América do Sul. Depois de doze anos de hiato, Yuka Honda e Miho Hatori voltaram com o elogiadíssimo álbum “Hotel Valentine”, lançado em fevereiro. As músicas do novo trabalho funcionam muito bem ao vivo, e contam com o apoio de um violoncelo (!) e de uma bateria (comandada pela incrível baterista Yuko Araki, geniozinho que toca no projeto MI-GU e já passou pela banda da Yoko Ono e do produtor Cornelius). Coisa fina.

Au Revoir Simone abriu a noite com seu synth/dream-pop e também subiu ao palco já com “Gravitron”, do álbum mais recente “Move In Spectrums”, do ano passado. Seus três (3!) teclados e uma guitarra ocasional fazem mais barulho ao vivo. As músicas parecem muito mais encorpadas e ganham outro ritmo. “Somebody Who”, “Crazy” e “Shadows”, as mais conhecidas (e cantadas pelos fãs), fecharam o set. Simpaticíssimas, conversaram o tempo todo com o público e passaram o resto da noite tirando fotos, dando autógrafos, vendendo merchan, dançando e curtindo o show do Cibo Matto… Gente como a gente. 😉

Popload Gig é realizado pela Beltrano Musical e apresentado pela Heineken.

Abaixo, os setlists e fotos da noite, por Fabrício Vianna.