Pretérito do futuro: New Order resgata filmagem de 1981 para bombar lançamento de 2019

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* A gente falou aqui, dias atrás, o seminal grupo inglês New Order, muito mais importante pelo passado do que por suas apresentações ao vivo dos últimos anos, vai relançar em abril seu clássico disco de estreia, “Movement”, naquelas versões dignas de relançamentos decentes (já que é para reeditar): remasterizado, em vinil e CD, com caixa que tem DVD, livro etc. Vai até ganhar um título apropriado: “Movement (Definitive Edition)”.

O primeiro álbum do New Order foi e é um disco tão vital quanto assombrado. Representou a mudança de nome da banda para New Order, pós o suicídio cavernoso do cavernoso Ian Curtis, no ano anterior, e o consequente fim do Joy Division. Foi um lançamento da lendária gravadora-arte Factory e a capa é assinada pelo artista gráfico Peter Saville, baseada em futurismo italiano.

Tem músicas ainda assinadas como Joy Division. A fenomenal “Ceremony”, o sorumbático primeiro single do New Order, é uma delas. Apareceu pela primeira vez ao vivo em 1980, em show do Joy Division, poucas semanas antes da principal tragédia pop da música independente depois do suicídio de Kurt Cobain.

“Movement”, o disco, ainda tem “Temptation” como uma das faixas monumentais, essa inteira New Order, uma das últimas a serem compostas para a nova fase da banda e, quando mostrada na gravação original, uma das músicas mais legais da história das músicas (na minha modesta). Ela é precursora da linha dance-pop do New Order e madrinha de sucessos arrasa-quarteirão como a vindoura “Blue Monday”, que definitivamente espanta o clima de velório do New Order rumo aos recordes de vendagens de discos e singles.

Enfim, agora, para promover a “edição definitiva” do “Movement”, que sai em abril, o New Order desencava uma filmagem rara e ao vivo de “Ceremony”, datada de 6 de fevereiro de 1981, menos de um ano depois da morte de Curtis, gravada na Manchester deles, no CoManCHE Student Union.

Transporte-se para 38 anos atrás. Olha que lindo e espiritualmente pesado ao mesmo tempo. A comunhão das guitarras pós-punk, a bateria fantasmagórica de Stephen Morris e o baixo-enquanto-guitarra do grande Peter Hook, principalmente na levada final, é uma das coisas mais emocionantes daquela época tão marcante.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 28/01/2019
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