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* Nosso Top 10 da semana é dedicado ao grande Taylor Hawkins. Por isso separamos uma canção especial do Foo Fighters para iluminar as novidades destes últimos dias na música gringa, como uma bênção. Se ligue na playlist, que reflete linda este período carregada de lançamentos muito especiais. Recupere o fôlego do Lollapalooza e vem com a gente. O nosso número 10 é uma música que ainda não existe necessariamente, mas já é maravilhosa. Entende?
1 – Foo Fighters – “Aurora”
Nosso primeiro lugar da semana é um tritubo ao baterista Taylor Hawkins. Uma forma de dar um abraço enorme na família Foo Fighters – que vai da própria banda até seus fãs, passando por empresários, familiares, produtores e amigos (se você notar, no encarte de “There Is Nothing Left to Lose”, até o Queen é creditado como parte do Foo Fighters). Escolhemos “Aurora” inicialmente só por ser um dos sons mais bonitos da banda, não só a favorita do Taylor como também a primeira música em que ele se sentiu confortável em gravar pelo FF – Taylor conta que apenas metade de “There Is Nothing Left to Lose”, o disco em que entrou para o Foo Fighters, tem bateria dele por conta de não saber, à época, como trabalhar em estúdio. De acordo com ele, a experiência era tão diferente de tocar ao vivo que Grohl assumiu metade do disco. O que mostra muito da camaradagem que deve ter firmado a relação de irmão que ele construiu com Dave – William Goldsmith, baterista anterior, se sentiu traído, e com alguma razão, quando Grohl resolveu refazer seu trabalho na surdina na feitura do segundo álbum do FF. Desse mal feito, Grohl encontrou Taylor, que soube lidar com muita tranquilidade com a pressão de ser o baterista do melhor baterista do mundo e, sem dúvida, ser ainda uma peça fundamental na migração do FF de uma pequena banda tocada por um ex-Nirvana para um das maiores bandas contemporâneas do rock.
2 – Soul Glo – “Jump!! (Or Get Jumped!!!)((by the future))”
Bande de hardcore incrível da Filadélfia, o Soul Glo dá em seu novo disco aquele passo ousado, ainda que já conhecido, de colocar as barreiras do gênero a prova: o que mais pode caber em uma banda de baixo, guitarra e bateria que toca muito (e fala muito) rápido? Toques de hip hop e soul entram na conta. E quem sabe lá na frente a gente enxergue a aventura de “Diaspora Problems” mais ou menos como enxerga “London Calling”, até pela semelhança na postura política dos grupos, de olho na ação e mudança.
3 – deep tan – “rudy ya ya ya”
Do renovado pós-punk inglês, vem de Londres esse trio de garotas que já é uma forte promessa, que começa a rolar cada vez mais forte single a single. Se não confia só na nossa opinião, o que é um forte vacilo da sua parte, saiba que elas são amigas da turma do IDLES (quem viu o show do Lolla? Uau, né?) e do Yard Act. Então, só confia.
4 – Bree Runway – “Somebody Like You”
Manja o trabalho da inglesa Bree Runway? Ela já tem alguns EPS e uma mixtape e sua bio no Spotify é muito boa: como se a Lady Gaga e a Lil Kim tivessem uma filha. Falta ainda um megahit para chamar de seu, mas é questão de tempo. E esta “Somebody Like You”, uma carta de amor para um amor futuro, é uma forte candidata. Se depender dos nossos plays, vai rolar.
5 – Charli XCX – “Selfish Girl”
Que mundo veloz. Mal foi lançado o “Crash” e a Charli XCX já colocou na rua uma versão deluxe com quatro sons a mais. “Selfish Girl”, um deles, mantém bem a pegada do disco, que a gente já elogiou por aqui – e talvez até seja um pouquinho mais esquisita do que o material da tracklist original, o que pode agradar uma ala dos fãs que ficou meio chateado com a linha mais convencional de “Crash”.
6 – Chance the Rapper – “Child of God”
Ainda que em 2021 Chance the Rapper tenha feito um feat. com Justin Bieber que talvez lhe rendeu seu maior hit até aqui, a canção “Holy”. É fato que seu álbum mais recente, “The Big Day” (2019), foi tão mal que ele até se meteu em uma treta jurídica com o ex-empresário. Este novo single parece reorganizar um pouco a casa.
7 – Let’s Eat Grandma – “Levitation”
A gente já tinha comentado sobre a nova fase desse duo inglês e seu experimental sludge pop. Elas lançaram uma das primeiras músicas legais de 2022, “Happy New Year”, e mantém essa vibe com “Levitation”. “Two Ribbons”, terceiro disco delas previsto para breve, é outro trabalho que merece um pouquinho da sua ansiedade.
8 – Fontaines D.C. – “Skinty Fia”
“Skinty Fia” é o nome do terceiro álbum dos irlandeses do Fontaines D.C., que vem por aí em abril. É uma expressão irlandesa que em inglês fica superdiferente e adquire novos sentidos. E é justamente essa metáfora de deslocamento que a banda parecer querer puxar neste disco, que por todos os singles até aqui promete ser o trabalho mais politizado da banda, falando muito sobre imigração e preconceito, entre as outras questões que circulam esses dois tópicos.
9 – Red Hot Chili Peppers – “Not The One”
Mais um single do álbum novo do Red Hot Chili Peppers, o com a volta do guitarrista John Frusciante. Cai um pouco nos problemas dos singles anteriores. É uma música interessante? Sim. Parece uma reprise de velhos momentos com pouquíssimo a acrescentar? Um tanto, pelo menos assim à primeira vista. Ouça a antiga “Warm Tape”, do “By the Way”, por exemplo.
10 – Pete Doherty e Supla – “In Your Tropical’s Snow Dream”
Ok, a gente não tem ideia de como essa música é ainda, mas vale esta menção especial ao encontro inusitado – já previsto por quem reparou no Supla ali no cantinho do palco vibrando no show do Libertines – e pelo furo conquistado pela Popload de que a parceria Supla e Pete rendeu uma música. Tem mais detalhes na matéria.
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* A imagem que ilustra este post é do baterista Taylor Hawkins.
** Este ranking é formulado por Lúcio Ribeiro e Vinícius Felix.
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