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* Agora dá para ver decentemente um dos vídeos mais legais dos 90 na sua smart TV. Nesta onda de comemoração do aniversário de 30 anos do over-importante “Nevermind”, o segundo álbum da tragicamente extinta banda Nirvana, trocaram o vídeo oficial da maravilhosa “In Bloom” por uma versão em HD.
Esse vídeo do Nirvana em particular é histórico. Existem dois deles e quase houve um polêmico. É assim.
Bem antes do “Nevermind” ser lançado, tipo em 1990, o trio resolver fazer um vídeo de “In Bloom”, com imagens da banda tocando a música ao vivo. Depois que o famoso álbum foi lançado e praticamente todas as músicas tinham força para ser single, o Nirvana resolveu editar a canção como seu quarto e final desses singles do “Nevermind”, porque “In Bloom” ficou particularmente famosa no meio daquela coleção de hits.
Resolveram então soltar o segundo vídeo oficial de “in Bloom”. A ideia inicial de Cobain era botar a música para ilustrar um “clipe” de uma menina que ia descobrindo que a família era da Ku Klux Klan. Pensa.
Conseguiram demover o líder do Nirvana da ideia, que veio com uma mais leve, ainda que irônica. Fazer um vídeo com a “textura anos 60”, preto-e-branco e tudo, do Nirvana idolatrado tipo Beatles naqueles famosos programas de auditório da TV americana, na linha do Ed Sullivan. Com os três vestindo terno. Até botaram os gritinhos de fãs de fundo.
Mas tinha um twist. Intercalando as imagens do Nirvana de terno, comportadinhos, vinham outras com a quebradeira característica da banda no palco. Nessas, com o trio vestido de mulher, característica essa bem do Kurt Cobain. Para aloprar, na simulação anos 60, a família americana.
“Sim, queríamos ser como os Beatles”, disse Cobain, na época, à revista musical britânica “Melody Maker”, o veículo que primeiro chamou a atenção do grunge e de Seattle no geral, e do Nirvana em particular. “Não. Como os Beatles, não. Como outra desses programas de TV dos anos 60. Nós nunca iríamos zoar os Beatles.”
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