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* O querido grupo escocês Franz Ferdinand foi esperto. Ao perceber que um Top 10 Gringo da Popload ia sair sem a inédita deles, a banda resolveu lançar correndo a música enquanto o texto estava no forno. A gente viu a tempo de conseguir colocar o outrora muito importante FF pela primeira vez no primeiro lugar desde que o Top 10 existe – pelo menos no que a gente lembra. E quem ia levar o primeiro lugar até ali eram os “novatos” do Radiohead. Semaninha boa.
1 – Franz Ferdinand – “Billy Goodbye”
O Franz vai soltar ano que vem uma coletânea com o melhor de sua discografia. A banda, que recentemente apresentou sua baterista nova, a excelente Audrey Tait, trará dois sons inéditos na coleta. Um deles é esta energética “Billy Goodbye”, que já nasceu pronta para ser digna de entrar em uma seleção de hits da banda. E olha que hits do Franz Ferdinand são hits do Franz Ferdinand. Coisa linda.
2 – Radiohead – “Follow Me Around”
A habilidade do Radiohead de preservar grandes músicas escondidas por anos segue a toda. Mas, de tempos em tempos, eles acabam lançando elas oficialmente. Por anos, “Follow Me Around” era uma favorita dos fãs que ficou de fora do “Ok Computer” e do “Kid A”. Conhecida só ao vivo, agora ela aparece em um versão de estúdio entre as joias perdidas da dupla de álbuns “Kid A/Amnesiac”. E não dá para acreditar como eles “sentaram” nela por tanto tempo, de tão bonita. Ansiedade é uma coisa que o Radiohead não tem.
3 – Yard Act – “Land of the Blind”
Falando nisso, quem reclama da nossa ansiedade de já sair declarando os melhores discos de 2021 mal sabe da nossa ansiedade em já estar com a cabeça nos discos de 2022. Sem dúvidas, um dos melhores discos de 2022 será o de estreia dos ingleses do Yard Act, com “The Overload”. Cheia de “papapapapows” e um baixo que estoura os ouvidos, este novo single da banda só nos deixa expectativas mais altas ainda.
4 – The War on Drugs – “I Don’t Live Here Anymore”
Sendo uma das melhores bandas no mundo hoje, natural que seu novo disco esteja fácil entre as melhores coisas que escutamos em 2021. Adam Granduciel e cia continuam na pegada de quase sempre aqui e isso não chega a ser um problema. Pelo contrário. A onda é boa e os singles que já vinham nos agradando fazem ainda mais sentido no todo do álbum.
5 – Geese – “Disco”
A história dessa banda de Nova York é sensacional. Eles iam acabar assim que terminassem a “high school”. Porém, a gravadora Partizan, que tem bandas como Fontaines D.C e Idles no seu elenco, descobriu eles e pronto: fim do sonhos da banda em ter um fim. E assim começou a carreira de verdade, com disco gravado e tudo. E que estreia: “Projector” é um super dèbut de um jovem e promissor quinteto de Nova York. Lembra algo? Detalhe: Sub Pop e 4AD também tentaram levar eles e não conseguiram, para você ter uma ideia.
6 – Wet Leg – “Chaise Longue”
A gente acha que essa música, um dos hits indies mais legais dos últimos anos por tudo o que ela representa na simplicidade, vai ir e vir do nosso ranking até o ano acabar. E além. A banda inglesa mostrou seu tesouro da vaaasta coleção de DUAS músicas que tem ao vivo no programa do Jools Holland. E nos últimos dias foi o link de YouTube que mais correu pelo mundo na cena independente. Volta ao Top 10 e vai ficar por aqui, se pá.
7 – Maneskin – “Mammamia”
A explosiva banda italiana dona de um hits do ano, que na real é uma cover de uma música dos anos 60 que já tinha uma releitura famosa nos anos 00, vencedora do Eurovision, aproveita o bom momento e chega com um single que nem faz parte do álbum que eles lançaram neste ano. Tudo certo até aqui? Bom, a tática com esta “Mammamia” é colocar todo mundo para dançar com um pegada de rock clássico. Funciona, viu?
8 – Tigercub – “Beauty”
Essa tem um tempinho que já circula, mas a gente acredita que o mundo vai dar o devido valor a essa boa e profunda banda indie soturna inglesa de Brighton.
9 – Snail Mail – “Madonna”
Segue muito boa a série de singles da Snail Mail que antecipam seu novo álbum, “Valentine”. Sua pegada mais guitarreira dá espaço para um ar levemente mais diverso de sonoridades. E tudo casa muito bem.
10 – Alt-J – “U&ME” (Baauer Remix)
Remix não é muito a praia do Top 10, mas o DJ e produtor de trap Baauer fez por merecer ao dar um novo tempero ao single mais recente do peculiar grupo indie inglês. Daqueles remixes que mudam radicalmente a música, mas a gente não deixa de saber que é a música. Sabe como?
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* A imagem que ilustra este post é uma da banda Franz Ferdinand (home) e outra do líder Alex Kapranos (neste post).
* Este ranking é formulado pelo duo Lúcio Ribeiro e Vinícius Felix.
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