Foto: Kevin Mazur/Getty Images
Em uma segunda-feira qualquer, Kevin Parker estreou a turnê de “Deadbeat”, mais novo e polêêêêmico disco de sua banda, Tame Impala, com direito a debut ao vivo de sua collab “Neverender” com a banda francesa Justice e intervenções visuais de um artista brasileiro.
Na primeira de quatro datas no Barclays Center, arena para 19 mil pessoas no Brooklyn, em Nova York, Kevin Parker e cia. tocaram o quinto álbum de estúdio de seu projeto quase na íntegra para a alegria dos fãs. Hehe.
Ainda sem tanta confiança para começar o show com uma música nova, a banda deu início à apresentação com o clássico “Apocalypse Dreams”, do disco “Lonerism” (2012), seguindo com o single “Dracula”.
Nós já falamos o que achamos do “Deabeat” e você pode ler a resenha da Popload aqui. Agora o público do Tame Impala, que cresceu bastante nos últimos anos, está ganhando uma experiência premium da banda que já foi tão indie que tocou no Circo Voador.
O palco em formato 360º permitia que Kevin circulasse cantando para todos os lados da arena, enquanto um segundo palco mais intimista, um B-stage decorado com tapete e abajures, abrigava um momento solo em que ele reconstruiu faixas dançantes ao vivo com teclados e sequenciadores.
Nos telões, os milhares de espectadores verão as intervenções visuais de Clayton McCraken e do artista brasileiro Gabriel Rolim. Conhecido por suas intervenções artísticas em projeções que mesclam o digital e o analógico, Rolim já trabalha com bandas como Boogarins, Terno Rei e Fresno, e nos últimos anos tem chamado atenção dos gringos, trabalhando com Lauryn Hill, Men I Trust, Badbadnotgood e agora com Tame Impala.
Tudo isso elevou a performance da banda para um espetáculo digno das arenas pelas quais o Tame Impala passará em sua turnê mundial. Nos Estados Unidos, serão oito shows por arenas até 11 de novembro, encerrando esta perna da gira no Kia Forum, em Los Angeles.
A setlist de ontem teve 24 músicas, das quais 10 são do novo disco, então os fãs podem ficar tranquilos que tem muitos clássicos da banda australiana como “The Less I Know The Better”, que ficou para o bis, e “Feels Like We Only Go Backwards”.
Apesar da grandiosidade do espetáculo, Parker brincou com o público ao dizer que a voz estava “bem ferrada”, o que acabou dando um ar de estreia crua e espontânea ao retorno do grupo.
No fim das contas, o destaque da noite ficou com o debut ao vivo de “Neverender”, colaboração de Parker com o Justice, que rendeu aos artistas um Grammy e ganhou uma nova vida no palco.
Ela sozinha pode ser conferida abaixo. Logo depois, não sabemos até quando, temos o vídeo da apresentação completa.