* Nossa banda indie predileta da Ilha de Wight, a explosiva Wet Leg lançou ontem o vídeo-single (ou o contrário) de uma das músicas mais legais de seu último álbum, “Moisturizer”, lançado em julho.
É para a faixa “Mangetout”, que cunhou um refrão-hino na galera inglesa, “Get lost forever”. O vídeo é dirigido pela própria banda e traz a vocalista, guitarrista e bombshell Rhian Teasdale (foto da chamada da home da Popload) literalmente “engolida” por uma peruca bizarra. O incômodo acaba quando ela, ensanguentada, tira a peruca. Sim, um vídeo da Wet Leg nunca é normal. Mas é sempre bom.
* A sempre incrível guitarrista canhota australiana Courtney Barnett está de volta e pronta para retomar seu lugar no indie, depois do disco de 2021, o pandêmico e lindo “Things Take Time, Take Time” (sem contar, claro, com a trilha de filme que ela soltou, todo instrumental, em 2023). Instrumental sem usar a voz que ela tem é meio-legal. Chama “Stay in Your Lane” o single novo, que vem com um vídeo, digamos, sangrento. Sem spoilers. Courtney Barnett vai mostrar a música nova ao vivo quarta que vem, dia 22, no programa “The Tonight Show”, do fella Jimmy Fallon. Ela andou tocando “Stay in Your Lane” em shows especiais intimistas que ela andou fazendo semanas atrás nos EUA, enquanto tem gravado o disco novo. Voltaremos ao assunto no dia seguinte que a australiana amiguinha da Popload tocar no Jimmy Fallon.
* Na próxima sexta, mais conhecida como “logo mais à meia-noite”) a banda indie baiana Flerte Flamingo, espécie de mistura sonora de Arctic Monkeys com Gal Costa (!!!), lança seu primeiro álbum, “Dói Ter”, cuja conceitual capa eles nos emprestaram para darmos aqui na Popload. Gravado entre Mairinque (São Paulo) e Salvador (!!!), o disco traz 14 faixas que, segundo a banda, “se entrelaçam em uma escuta imersiva, em que o som se expande além da música”. O Flerte Flamingo, já faladinha há alguns singles na CENA, é formada por Leonardo Passovi (voz e guitarra), Gustavo Cravinhos (guitarra e teclas), Bruno de Sá (baixo) e Igor Quadros (bateria). Segundo o vocalista, Leonardo, o título do álbum, curioso na forma, pode ser descrito assim: “As palavras surgiram numa noite de reflexão individual e sequer pareciam português. De início pareciam estar em latim ou em algum idioma arcaico. Primeiro me pegou pela sonoridade e aparência, antes mesmo do significado. Depois percebi que traduzia um sentimento que permeia o disco, o aspecto silenciosamente dilacerante de manter algo na vida de que você não quer — e nem consegue — se desfazer, mesmo que lhe consuma”. No conceito, parece mais existencialismo paulistano, ilustrado pela capa. Mas a parte da sonoridade baiana característica que a banda carrega deve deve aliviar essa barra.