Billie Eilish, 17 aninhos e só com um disco nas costas, arrasta multidão em show histórico no Glastonbury. Headliner em breve?

Billie Eilish, 17 aninhos e só com um disco nas costas, arrasta multidão em show histórico no Glastonbury. Headliner em breve? Foto: divulgação

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Foto: Grant Pollard/Invision/AP/Shutte
Foto: Grant Pollard/Invision/AP/Shutte

O domingo do Glastonbury apresentou gente das antigas na programação de shows em seus palcos principais. O dia fechado pelo The Cure teve nomes como Mavis Staples e Kylie Minogue, por exemplo, na arena principal. Não muito longe dali, algo estava acontecendo.

O mundo pop tem estado de olho em Billie Eilish, maior fenômeno do pop em 2019, que está na estrada com seu disco de estreia, tocando em grandes festivais e grandes arenas. Para uma menina de 17 anos, isso é muita coisa.

Não o bastante e tamanho o hype, Billie debutou no Glastonbury logo no Other Stage, um dos principais e mais legais palcos do festival inglês, e causou comoção geral em um público que, literalmente, ia de 7 a 70, segundo relatos.

O mais engraçado é dar uma zapeada online nos canais ingleses que cobriram o evento e consequentemente o show da Eilish. A NME não hesitou em meter nota 5/5 para a apresentação da norte-americana. O jornalista Thomas Smith não teve pudor em meter logo no título que quem perdeu o show histórico dela, fez uma escolha bem errada. A frase original soa melhor: “If you missed Billie Eilish’s once-in-a-generation Glasto show, you fucked up big time”.

No texto, Thomas faz um histórico recente de revelações do pop que estiveram no Glastonbury “no momento certo” da ascensão e listou Lady Gaga em 2009, no mesmo Other Stage, e ainda Adele, que fez um set acústico em 2007 e reapareceu uma década depois para ser headliner.

Foto: Andy Hughes
Foto: Andy Hughes

O “momento certo” de Billie Eilish foi absurdo do jeito que tudo na vida da garota tem sido. Ela foi escalada para tocar no fim de tarde, praticamente no mesmo horário de Miley Cyrus, outra estrela pop e já consolidada na cena há tempos. O que rolou, para o espanto de muitos, foi um empate: cerca de 40 mil pessoas em cada shows. Veja bem: estamos falando de uma menina de 17 anos, com um disco só na carreira, que subiu ao palco vestida com uma roupa que mais parecia um pijama de adolescente (ela diz que veste um número bem maior para que ninguém julgue seu corpo), ao lado do irmão compositor tocando teclado, e com imagens um tanto quanto perturbadoras no telão. Isso sob um sol de rachar.

Talvez por isso (outra review), a jornalista Anna Leszkiewicz – que deu 4/5 no Independent – tenha resumido bem o show de pouco mais de uma hora de duração em uma frase simples: “o carisma sombrio e irônico de Eilish que permeia o álbum é bem traduzido ao vivo”.

Não bastasse a intensidade da apresentação, Billie deu um pequeno puxão de orelha nos fãs e pediu para que fizessem menos registros nos celulares e “vivessem mais aquele momento”. Sem querer, o discurso dela foi de encontro ao do jornalista da NME sobre tratar a apresentação como “momento único”. Lembra? “If you missed Billie Eilish’s once-in-a-generation Glasto show, you fucked up big time”…

O público cantando cada palavra de “bury a friend” parece endossar o discurso da mídia inglesa.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 01/07/2019
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