CENA – A gente viu e curtiu: o show do SESSA

CENA –  A gente viu e curtiu: o show do SESSA Foto: divulgação

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* A Popload passa a publicar mais uma seção nova, destacando na semana um ou mais shows que vimos no período, achamos legal e que despertou uma vontade especial de escrever sobre. O texto inaugural é da colaboradora felina Lina Andreosi, que foi ver a apresentação do “garoto sueco” Sessa no Bona, em Pinheiros (SP), no último dia 15. E curtiu bem, a ponto de dizer o seguinte.

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De volta ao Brasil após uma miniturnê nos Estados Unidos, Sessa lançou na última quinta-feira em São Paulo, desta vez, o vinil de seu álbum solo de estréia, o sensualíssimo “Grandeza”. Sessa, conhecido como um dos membros fundadores da banda Garotas Suecas, se estabeleceu ainda na cena internacional ao acompanhar o guitarrista nova-iorquino Yonathan Gat em turnê.

Esse seu álbum em questão, lançado aqui pelo Selo Risco, foi construído ao longo de anos. Gravado nos EUA e masterizado no Canadá, “Grandeza” carrega fortes influências do folk americano experimental, inspirações eruditas – especialmente nos ritmos da percussão – e uma base muito clara de MPB clássico, demonstrada principalmente nos delicados dedilhados de Sessa. Em uma escolha um tanto ousada para o que se tornou, o músico optou por escrever todas as suas letras em português, apesar de sua extensa experiência internacional.

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O primeiro single, “Toda Instância do Prazer”, foi lançado em 2017. E já há algum tempo Tim Bernardes empresta “Gata Mágica” para cantar em seus shows solo. Mas o álbum em si só foi lançado em junho deste ano, em apresentação no Itaú Cultural. “Grandeza”, portanto, levou pelo menos dois anos de maturação, digamos assim.

No palco, Sessa estava muito bem acompanhado por sua banda, um trio de cantoras – que poderia ser mais bem definido como um trio de anjas – composto por Paloma Mecozzi, Ina e Laura Rosenbaum. Mais William Tocalino na percussão. As músicas se alternam entre simples e constantes dedilhados sobrepostos por letras que clamam por prazer vis e ritmos elaborados cobertos por mensagens simples.

O que mais impressiona em sua performance é a forma como Sessa se entrega para a música, deixando ela, a música, fazer o que quer com a sua pessoa. São momentos de intensidade quase que totalmente pessoal, mesmo que diante de outros olhos, um je ne sais quai de alguém que já carrega nas costas e para o palco a experiência de mais de 200 shows em um ano.

Após essa apresentação, Sessa retorna à turnê internacional com direito a apresentação no Desert Daze Festival, na California, além de shows em Chicago, Nova York, Montreal. Fora uma turnê de 11 shows abrindo, agora em setembro, para a banda Explosions in the Sky, que inclui Los Angeles.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 21/08/2019
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