CENA – Festival Estopim, em Curitiba, fechou o ano indie nacional misturando hombres e feminismo

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* Talvez o último dos festivais indies nacionais a acontecer neste iluminado 2017 e ao mesmo tempo sua primeira edição, o Festival Estopim lotou o Hermes Bar neste último fim de semana em Curitiba, de sexta a domingo, com a intenção de alavancar a cena indie paranaense, mas sem perder o olhar geral do que acontece no país.

A Poploader brasiliense que mora no Rio de Janeiro Adriana Cruxen estava lá no Paraná representando este site de São Paulo e conta aqui como tudo rolou. Sim, Popload, tanto quanto a é g-l-o-b-a-l.

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Foram três noites de festival, idealizado pela Arnica Cultural. A primeira dedicada a bate-papos sobre o mercado independente brasileiro, tendo como convidados representantes de festivais, produtores, bandas e jornalistas; as demais noites foram de shows, intercalando bandas indies consagradas na cena brasileira de festivais, tipo Tagore (PE), Carne Doce (GO) e Francisco El Hombre (SP/Mex), e jogando luz nos locais, como Tuyo, Trombone de Frutas e Mulamba.

Mesmo com bandas “famosinhas” na escalação, ficou evidente que a plateia estava lá mesmo envolvida de alguma forma com os grupos da casa. Pela proximidade, pela admiração.

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A Mulamba (fotos acima) abriu a noite de sábado do Estopim com uma apresentação visceral. A banda, composta por mulheres desde a baterista até a violoncelista, aparece neste cenário pró-empoderamento feminino com performance de protesto, pés descalços, maquiagem de guerra e nudez, explicitando letras fortes e ao mesmo tempo melodiosas como manifesto.

O grupo ainda não tem material lançado. Seu disco de estreia ainda está para ser gravado na Red Bull Studios, em SP, no primeiro semestre de 2018 (como prêmio por terem vencido na categoria “melhor show” no Vento Festival 2017, em Ilhabela, litoral norte de SP).

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O Trombone de Frutas (imagens acima) cumpriu lindamente a responsa de tocar depois do sempre ótimo show dos goianos do Carne Doce, que você viu no mês passado no Popload Festival. A big band é o retrato da cena autoral de Curitiba e seus membros são os agitadores da Arnica Cultural, idealizadora do Festival Estopim. Com sonoridade psicodélica peculiar, letras bem-humoradas e vocalista mestre de cerimônias-palhaço-profissional-figuraça, a Trombone é, sem dúvida, irreverente.

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O domingo do festival começou com a Tuyo (acima), grupo de pop folk com os cabelos black power loiros mais legais que você vai ver na cena brasileira. O trio já alcança um público jovem bastante cativo com suas letras simples que dialogam com o emocional.

O pernambucano Tagore trouxe para o Sul sua psicodelia em tons de brega já bastante conhecida na cena nordestina e mostrou música nova, que virá no álbum sucessor do bom “Pineal” (2016).

Fechando a noite, sold-out, o elevador-de-vibes Francisco El Hombre, como não podia deixar de fazer, elevou a vibe do Festival Estopim à maxima potência com muita vivacidade e empolgação.

2017 foi o ano da pluralidade de festivais independentes de Norte a Sul do Brasil. De todos os tamanhos, jeitos, idade e características. E este novíssimo Estopim, que leva a cena de volta a um “bar” em formato de festival, fechou muito bem o ano. Vem, 2018.

Mais fotos do Festival Estopim, de Curitiba. Todas, ótimas, são do Facebook do evento, com os devidos créditos para HAI Studio / Duda Dalzoto, Guilherme da Costa e Luciano Meirelles.

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Francisco El Hombre na galera

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E que galera…

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Salma Jô, em ação pelo Carne Doce

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E mais galera

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Merchan no Estopim

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E mais Francisco

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A cena junta

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 21/12/2017
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