CENA – Perdido mistura IA, o digital e o analógico no vídeo de “30+”. Problemas da idade? Ou solução?

O talentoso músico e produtor de vídeo carioca Marcelo Perdido, agora só Perdido, está com mais de 30 anos. E resolve a vida dele vivendo um mês a cada vez, ele diz. Ele canta, melhor dizendo. Ou mostra em imagens, isso.

Um modo de o músico passar por este mês de dezembro e continuar se sentindo vivo, por exemplo, é revelando o vídeo para “30+”, seu último lançamento como single, que resolveu para ele a vida em outubro passado.

O vídeo traz o puro suco de Perdido. Música delicadamente boa, letras tão inventivas quanto sinceras, e um resultado visual que mescla inteligência artificial com técnicas analógicas e digital. Como ele consegue isso? Porque ele é Marcelo Perdido.

O caráter eternamente indie dele, que já fez parte da banda Hidrocor e que também tinha interessantes resultados visuais aí, bota Perdido à frente da roteirização, direção e edição de “30+”, o vídeo, que retrata duas linguagens distintas: uma é essa confusão que é viver tecnologicamente e artisticamente em 2023, principalmente pra essa geração dele. E outra que é o sentimento interno, digamos, que isso pode causar em uma pessoa, quando aplicada à vida pessoal, amorosa etc. para quem lida com tudo isso: o mental health, seja qual for o estágio.

E, pelo menos como resultado de arte musical e visual, o vídeo funciona que é uma beleza.

‘O vídeo é sobre a lição que o tempo me deu. Durante anos, eu ficava chateado por não conseguir ganhar dinheiro com a minha música. Com o meu trabalho em vídeo, pude gravar grandes artistas, shows, vídeos e entrevistas, mas ficava pensando: ‘Será que ainda dá tempo?’ Hoje entendo que não existe um caminho único. Cada artista tem sua trajetória, e eu acho muito maneiro eu conseguir contar a história do início ao fim: produzindo a música, dirigindo o clipe e cantando no palco”, diz Perdido.

Sem mais elocubrações, veja e ouça “30+”, de Marcelo Perdido.