CENA – Tim Bernardes conta como foi parar no disco novo do Fleet Foxes

CENA – Tim Bernardes conta como foi parar no disco novo do Fleet Foxes Foto: divulgação

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* Um dos discos indies mais bonitos do ano é “Shore”, da banda americana Fleet Foxes, hoje mais um projeto pessoal do figurinha Robin Pecknold, o guitarrista e vocalista indie-tenor do grupo de Seattle.

“Shore”, um álbum indie-geografia lançado nesta semana, está cheio de convidados bacanas: o Hamilton Leithauser, ex-vocalista dos Walkmen, o bombado Kevin Morby e Daniel Rossen, do incrível Grizzly Bear. E o brasileiro Tim Bernardes, de O Terno, cantando um trecho em português!!! Tim empresta sua voz na bela “Going-to-the-Sun Road”.

Chamamos o Tim Bernardes para explicar para nós como ele foi parar neste quarto álbum do Fleet Foxes. Ainda por cima cantando em português. Ele contou para a gente. Fala, Tim!

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“Seguinte: sempre fui fanzaço do Fleet Foxes. Muito mesmo. Gostava muito dos dois primeiros discos. Daí eles ficaram um tempão parados [de 2011 a 2017]. Quando eles voltaram no terceiro álbum, com o Çrack-Up’, foi um motivo de comemoração lá nO Terno. Os meninos também gostam muito da banda.
Mais recentemente, no ano passado, seguindo o Robin Pecknold no Instagram, a gente começou a trocar mensagens, um responder ao outro. Fui descobrir que ele gostava do ‘Recomeçar’, meu solo, e do ‘atrás/além’, dO Terno. A gente trocou umas ideias, no ano passado, porque ele tava numas de música brasileira. Trocamos umas playlists.
Aí neste ano, já no meio da pandemia, eu sabendo que ele estava trabalhando neste novo disco já tinha uns dois anos, ele me perguntou se eu queria participar, cantar em alguma música, em português mesmo.
Aí ele mandou uma música que ele imaginava eu participando e me mandou uma versão crua do disco. Ele me disse para eu olhar o disco todo também, para ver qual canção eu acharia que caberia para mim. Acabou que ‘Going-to-the-Sun Road’ nem era a música que ele tinha sugerido para mim, de início. Mas que, quando eu ouvi, depois até de trabalhar na outra música, mexeu muito comigo e tinha esse final, com sopros, que eu sentia que encaixava no que eu estava imaginando.
Na hora, então, eu criei essa letra, a parte em português, de um modo bem fluido. Mais fácil que na outra musica sugerida, que eu gastei um tempo pensando como eu encaixaria a letra. Foi na hora. Veio muito fácil com ‘Going-to-the-Sun Road’.
Depois, conversando com ele sobre a participação, o resultado e tal, ele me disse que tinha as músicas mas não tinha muitas letras do disco, até que uma hora começou a vir tudo. Achei bastante coincidência.
Aí quando eu criei a letra em português a gente foi se falando por mensagem, no Instagram. Gravei e mandei pra ele, que estava no estúdio com o engenheiro de som finalizando o álbum. Isso faz uns dois meses. Ele finalizou muito rápido. E então esse meu trecho pro final de ‘Going-to-the-Sun Road’ acabou entrando mesmo e eu fiquei muito feliz. Eu acho ele um dos melhores músicos, cantores, compositores dessa geração, até transcendendo a cena indie atual. As músicas do Fleet Foxes ainda vão ser bonitas daqui uns 20, 30 anos.
Eu fiquei muito animado ainda porque é uma turma muito massa que participa do ‘Shore’. Os caras do Grizzly Bear, o Kevin Moby…
Basicamente foi isso.”

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 25/09/2020
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