Flaming Lips fez o único show possível da era Covid no fim de semana nos EUA. Sim, com público

Flaming Lips fez o único show possível da era Covid no fim de semana nos EUA. Sim, com público Foto: divulgação

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* Só ela mesmo. A banda de malucos Flaming Lips realizou neste final de semana dois shows com plateia em sua cidade natal, Oklahoma, nos EUA. A notícia em si, tirando os inconsequentes shows ilegais que a galera desprovida de noção realiza no mundo afora desde que a pandemia se instaurou, em março do ano passado, seria de espantar, não fosse que: (1) é o Flaming Lips, então normal; e (2) todo mundo, banda e público, ficou dentro de bolhas.

Triste? Talvez. Mas tem gente no mundo que se reuniu neste final de semana para ver in loco o Flaming Lips entoar seus hinos? Teve.

A primeira apresentação de uma banda com “space bubbles” no mundo foi no Criterion Ballroom, na sexta-feira. A outra ocorreu no dia seguinte.

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Cada show, com público diferente, acomodou na plateia 100 bolhas infláveis, como a foto abaixo, cada uma cabendo até três pessoas, da mesma família ou amigos próximos, devidamente testados. No palco, cada um da banda tinha a sua própria bolha.

Até aqui beleza, uma vez que para quem acompanha a banda de Wayne Coyne isso não foi exatamente uma novidade, porque o cantor do Lips seeeeeempre passeou sobre o público em shows, no passado. E essa coisa de botar todo mundo em bolha já aconteceu no ano passado, para uma apresentação na TV americana. Mas um show completo e real, nesta era Covid maldita, foi a primeira vez.

Dentro de cada bolha tinha uma caixa acústica complementar para o som estar direitinho, garrafas de água, toalha, ventiladores e plaquinhas com o aviso “Eu quero fazer xixi” (para alguém da casa aparecer e acompanhar o fã ao banheiro) e “Está muito quente aqui dentro” (para ventinhos refrescantes serem jogados dentro da bolha).

“Foi tudo mais seguro que ir no mercado”, disse Wayne Coyne, sobre os protocolos dos shows de Oklahoma.

Os shows de Oklahoma já eram para ter acontecido, perto do Natal. Mas foram adiados por conta de uma estúpida alta de infecção do vírus em dezembro na cidade.

“Acho que esse show representa um pouco, sim, o novo normal. Você pode ir a um show, você tem a opção de não ir, mas acho que vamos ter que daqui para a frente testar alguns modelos diferentes do que estávamos acostumados, porque as coisas não necessariamente serão as mesmas.”

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O show de sexta teve 13 músicas e o de sábado, 12. A banda tocou desde clássicos como “She Don’t Use Jelly” e “Do You Realize” até uma cover da maravilhosa “True Love Will Find You in the End”, de Daniel Johnston, porque na sexta o saudoso músico-gênio, se fosse vivo, completaria 60 anos.

Os concertos foram filmados e devem se exibidos de alguma forma em algumas semanas. Abaixo, um vídeo explicando como se deu a único show possível no mundo hoje. Abaixo, o setlist de sábado e alguns tweets da galera e do próprio Wayne Coyne sobre as apresentações.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 25/01/2021
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