Morrissey e sua treta em 13 capítulos: “Por favor, fechem essa porta atrás de mim”

Morrissey e sua treta em 13 capítulos: “Por favor, fechem essa porta atrás de mim” Foto: divulgação

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* PREVIOUSLY ON… Morrissey’s, o seriado mais prolífico da atual temporada de tretas na música.

* Antes do episódio de hoje, vamos acompanhar as últimas aventuras de Moz, o maior inglês encrenqueiro vivo (e olha que hoje estamos dedicando o mês aos irmãos Gallagher). Em pouco mais de um mês, desde que lançou seu último disco “Wolrd Peace Is None of Your Business”, Morrissey só não se meteu mesmo na Paz Mundial. De resto… sobrou big mouth para todo mundo:

1. Cancelou um turnê por causa de uma infecção respiratória. Culpou a cantora Kristeen Young, atração de abertura e que estaria “terrivelmente resfriada”. Kristeen abandonou a turnê, #chatiadíssima, e xingou muito no Facebook.
2. O produtor Tony Visconti foi lá, “deu um like” (sério…) e também entrou na lista negra. O guitarrista da turnê e Boz Boorer, guitarrista e colaborador das antigas, saíram em defesa de Moz, publicando suas indignações nas redes sociais contra Young e Visconti.
3. O segurança do Morrissey entrou com uma ação contra ele porque teria sido demitido por se recusar a “se livrar” do administrador de um site dedicado ao cantor e que, segundo ele, invadia a sua privacidade.
4. Morrissey escreveu a sua já rotineira cartinha desabafo para o True To You afirmando que, sim, ele odeia o site, mas que não, jamais pagaria para alguém para “matar” o dono dele.

5. Reclamou publicamente que a gravadora não dá bola para ele e que não quiseram pagar por um vídeo sequer do disco novo. Graças aos fãs e às redes sociais, o disco vinha praticamente se vendendo sozinho e sem qualquer ajuda da Capitol/Harvest. Morrissey chegou a dar o nome dos três fãs que fizeram vídeos caseiros para a música título.
6. Também reclamou que, sem o apoio da gravadora, nenhum programa de TV o convidou para tocar
7. E daí, na semana passada, a gravadora demitiu o Morrissey.

***** PAUSA PARA RESPIRAR ***** >> De novo: “A. Gravadora. DEMITIU. O. MORRISSEY”. Eu estava ouvindo uma dessas rádios de blogs americanos (Gorilla vs Bear, talvez?), que fica dentro da séria Sirious XM U, e faço do apresentador as minhas palavras: “Gente, por favor… Não se demite um Morrissey! Não importa quantas cartinhas ele escreva, quantos chiliques ele dê, quantos shows ele acabe tendo que cancelar por causa de uma gripe de terceiros. Ele é o Morrissey. Isso não se faz”.

>> Continuando:

8. E daí que, depois de ralar por meeeeses tentando achar uma gravadora que topasse lançar o seu disco, o Morrissey teria ido parar no olho da rua, poucas semanas depois de o álbum ter chegado às lojas.
9. Cinco dias depois, a “Billboard” diz que não só o Morrissey continuava na gravadora como teria um contrato para mais um álbum.
10. Morrissey daí afirma que está sim sem gravadora. Segundo o site True To You, o cantor teria emails dos advogados da Capitol que confirmam o fato.
11. A gravadora, então, retira o disco das lojas virtuais, Amazon, iTunes e Spotify (se bem que eu estou ouvindo o disco AGORA, dia 21/08/14 às 17h via Spotify, então tem algo estranho no ar). Na Amazon, você ainda encontra o CD e o vinil para comprar, mas as versões digitais desapareceram.
12. Todos os vídeos oficiais do Morrissey, desse novo trabalho, os “spoken words”, sumiram do YouTube e do Vevo

13. E então, Morrissey escreve mais um depoimento (triste, porém lindo) sobre o rolo todo, pedindo para que, em outras palavras, o último a sair que apague a luz, por favor. Alguns trechos de “Please Close The Door Behind Me”, abaixo, em tradução livre:

“(…) O Universo estava conspirando a nosso favor e achávamos que esse era o melhor disco que havíamos feito. Tudo parecia bom demais para ser verdade. E era. (…) Tudo começou quando a Harvest decidiu lançar os vídeos “spoken word”, mas nenhum deles dizia muito sobre o disco. Os filmes eram OK, mas não iam dar em nada. (…) Apesar de todos os sorrisos e oba-oba, basta um errinho para tudo ruir. Basta você discordar e ferir a vaidade de um chefão de gravadora para que cortem a sua cabeça e comemorem com garrafas de champagne, da mais cara. (…) A maior parte da equipe da Harvest é legal e eu agradeço pelo carinho e pela dedicação. Mesmo que o trabalho que deveria ter sido feito por eles para promover o disco tenha sido feito integralmente pelos fãs, cujos vídeos postados no YouTube fizeram tudo o que a gravadora não conseguiu fazer. Meus ouvintes rapidamente entenderam como entretenimento também pode ser arte.”

Nosso apelo é um só… Shoplifters of the World: Unite e Corram antes que esse disco suma das prateleiras. Contamos com vocês.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 21/08/2014
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