O furacão BLACK MIDI: o álbum de estreia, os shows, o vídeo, a session na BBC, o frisson todo

O furacão BLACK MIDI: o álbum de estreia, os shows, o vídeo, a session na BBC, o frisson todo Foto: divulgação

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* Uma das bandas mais meteóricas da nova cena, a Black Midi, quatro amiguinhos de escola de (off) Londres que revitalizou o “rock matemático” e produz um apaixonante “punk experimental” em meio a uma ótima legião de boas bandas de “punk normal”, vem sendo decantada como o mais excitante nome deste ano na música nova.

Então, nada mais normal que um post deste celebre a chegada de seu primeiro álbum, “Schlagenheim”, lançado na última sexta-feira, junto com um novo single/vídeo para “Ducter”. A música é o terceiro single da movimentada vida da banda e o primeiro extrato do disco de estreia, sucedendo os ótimos e barulhentos (no sentido figurado ou não) singles “Talking Heads” e “Crow’s Perch”.

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Taguear a banda como “punk experimental”, “rock experimental” e outras tentativas de estampar um selo nela esbarra num dilema na audição de qualquer música deles, seja dos dois singles ou do disco cheio de nove músicas. Porque pode vir junto uma porradaria free jazz na mesma faixa, seguida por uma calmaria psicodélica hippie anos 70 tipo Jethro Tull nos segundos seguintes. Sem nada deixar de fazer todo o sentido do mundo. O vocal, o impressionante Geordie Greep, pode assumir caráter pop fofinho e dar uma virada para uma demência vocal desesperadora antes de você assimilar o que está acontecendo, que música está tocando. Às vezes parece Johnny Rotten cantando no Led Zeppelin em uma cover de Bauhaus. Noutras, lembra algo como um doidão Henry Rollins se apresentando como vocalista do Einstürzende Neubauten. É uma bagunça de conceitos, um nó na orelha esse Black Midi.

Dois carinhas de 19 anos e dois de 20. Nenhum grupo é tão 2019 quanto eles. Nada mais natural que o quarteto seja uma aposta da Rough Trade, hoje e há algum tempo a loja de discos mais importante do mundo, que virou selo vital de música nova e bota suas bandas para fazer showcases disputadíssimos em suas dependências (tem duas em Londres, umas quatro mais em outras cidades inglesas e uma em Nova York).

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A capa de “Schlagenheim’, o disco de estreia do Black Midi

Banda espetacular ao vivo, o Black Midi toca amanhã, terça, em Londres, desta vez na Rough Trade East, a loja. Termina um giro de apresentações rápidas pelo Reino Unido que começou com uns quatro às vezes cinco shows por dia em março no South by Southwest (acho que só os irlandeses do Fontaines DC tocaram mais que eles no festival do Texas neste ano). E que vai se intensificar em festivais agora no verão europeu e em outras datas nos EUA.

Abaixo, temos o seguinte:
* O Black Midi fazendo performance em (jam) session para a BBC, no programa do grande Steve Lamacq, semana passada, para a estação online 6Music. Temos um recorte doido de 8 minutos. Reparem no genial baterista Morgan Simpson tocando com uma camiseta da nossa Balaclava Records, coisa do Dotta. Aqui, o programa inteiro.

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* Agora, eles desempenhando o poderoso single “Talking Heads” na loja Rough Trade de Bristol, três dias atrás.

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* O vídeo novo “conceitual”, para “Ducter”, novo single e última faixa do disco.

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* Last but not least, o primeiro álbum, “Schlagenheim”, lançado sexta passada.

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* A foto do Black Midi deste post é de Neale Haynes, para o jornal inglês “The Times”.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 24/06/2019
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