O MAPA DO ROCK apresenta… BELO HORIZONTE

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A Popload orgulhosamente apresenta o MAPA DO ROCK, seção fixa que, a partir de hoje, irá mapear a #CENA de algumas das principais cidades brasileiras. As bandas locais de destaque, seus principais palcos, os bares que apoiam a música, os festivais e festas que movimentam a coisa toda, os agitadores que fazem tudo acontecer, as apostas indie e, já que estamos in loco vendo a #CENA com os próprios olhos, algumas das nossas dicas do que fazer, onde comer, o que visitar e, principalmente, POR QUE ir até lá.

O Mapa do Rock tem apoio da GOL Linhas Aéreas Inteligentes e bota seu primeiro foco na entusiasmante cena independente de BELO HORIZONTE. População: 2,5 milhões de habitantes (2016), a sexta mais populosa do Brasil. Estimativa de público no último festival No Ar Coquetel Molotov BH: 2.500 pessoas (outubro/2016).

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DESTINO: BELO HORIZONTE – BELORIS – BELORY HILLS

Belo Horizonte cresceu musicalmente exportando o Clube da Esquina à MPB dos anos 60, chegou forte ao pop rock nacional com Skank e Pato Fu nos anos 90 e virou a cidade mais empesteada por bandas cover do Brasil nos anos 2000. OK, o lugar deu ao mundo o Sepultura, uma das principais bandas de heavy (trash) metal da história e um dos nomes brasileiros mais reconhecidos internacionalmente na música “jovem”. Mas eis que no fim dos anos 90 Belo Horizonte se emancipou, graças ao valioso alimento cultural produzido pela grande agência Motor Music, que não só deu um gás na cena local como fez festas e festivais importantes nacionalmente com boas atrações internacionais. E constituiu um cenário propício para surgirem nomes como o do DJ Anderson Noise. Então, já em meados e final dos 2000, o inquieto andar de baixo de BH já tinha cravado no mapa indie brasileiro com relevantes bandas indies como Monno, Valv, Transmissor e Digitaria (rock eletrônico). E essas começaram a chamar a atenção inclusive gringa para a música mineira de guitarras independentes, muito além dos covers e da eterna tentativa de retroalimentação da tropicália de sotaque mineiro. Bandas essas que desencadearam em progressão geométrica a quantidade de grupos bons que têm formado o bom e abrangente cenário indie atual da cidade, que nos últimos anos têm botado a galera a atuar tanto no indie BH como no bombado Carnaval local, nas festas eletrônicas de ocupação de locais urbanos “inóspitos”, na grande safra atual de música instrumental e até no hip hop (Alô, Flavio Renegado!). Vem do hip hop belorizontino recente, inclusive, uma frase que bem define a capital mineira musical de hoje, que fala “bom demais”, “flagra”, “uai”, “sô” e chama todo mundo de “Zé”. BH é o Texas.

** Quatro bandas de BH

BH_CONGOCONGO

BH_DEADLOVERS

BH_GRAVEOLA

BH_YOUNGLIGHTS

** Quatro apostas Popload

BH_APOSTASATUALIZADO

** Tem muito mais bandas

** SARA NÃO TEM NOME

** DEVISE

** THE DEAD PIXELS

** PEQUENO CÉU

** EL TORO FUERTE

** JOTA QUÉRCIA

** SCI-FI

** INVISÍVEL

** JENNIFER SOUZA

** GRUPO PORCO DE GRINDCORE INTERPRETATIVO

** MIETTA

** LEONARDO MARQUES

** KILL MOVES

** MÉNAGE

** LAVA DIVERS (Uberlândia)

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** Por onde circula a cena de BH

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* A AUTÊNTICA *
rua Alagoas, 1172 – Savassi
Atual novo point bombado da cena mineira. A casa média que faltava para abrigar o crescimento da cena indie local e receber boas bandas de fora da cidade. O lugar, de som ótimo, abriga 400 pessoas em palco alto.
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* A OBRA *
rua Rio Grande do Norte, 1168 – Funcionários
Com o complemento de “Bar Dançante” no nome, o porão é o CBGB brasileiro e uma das mais famosas casas da cena indie nacional desde 1997, há 20 anos. Fundamental para o novo rock mineiro.
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* BENFEITORIA *
rua Sapucaí, 153 – Floresta
Galpão conhecido como Benfs, que fica em uma das ruas mais movimentadas e de melhor vista da cidade que entre festas, feiras, bar e simpósios, abriga a galera indie para ver shows.
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* A FÁBRICA *
av. dos Andradas, 1145 – Centro
Uma ex-fábrica que virou estacionamento e foi descoberto pela galera de eletrônica, o lugar agora é point para baladas e alguns shows.
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* CENTOEQUATRO *
pça. Ruy Barbosa, 104 – Centro
Outra ex-fábrica do Centro que virou um galpão de arte com café, cinema, espaço para festas. O festival indie No Ar Coquetel Molotov aconteceu aí, no final de 2016.
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** Para comer e beber em BH

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* Juramento 202 *
rua Juramento, 202 – Pompéia
É o excelente bar “roots” da cervejaria artesanal Viela, que fica a poucos metros dali. Os 10 bicos na parede oferecem cervejas e refrigerante artesanais (da casa ou de convidados), mate ou café gelado, tudo a preços razoáveis. Incluem-se a tábua de frios deliciosa e a trilha sonora de vinil do lugar, que também dá som à cena nova mineira.
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* REI DO PASTEL *
rua Fernandes Tourinho, 431 – Centro (tem mais dois endereços)
É ruim, mas é bom. Se a fome bate de madrugada, quando quase toda a cidade está dormindo, o ótimo pastel real é a solução. É também o lugar para a cerveja saideira.
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* CHÁ COMIGO *
rua Leopoldina, 634 – Santo Antônio
É a casa de chá mais cool do Sudeste. Tem deliciosos sanduíches com tudo no lugar e é embalada por som de vinil que você escolhe e espera a vez. A cena indie mineira frequenta.
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* OOP CAFÉ *
rua Fernandes Tourinho, 143 – Funcionários
Café de conhecedor com brunch compacto e delicioso nos finais de semana. Tem um ambiente de luz roxa e sofá para você escapar das agruras do cotidiano enquanto toma um macchiato.
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* ZONA LAST *
rua Pouso Alegre, 2952 – Santa Tereza
Bar que fica na zona leste de BH, no Horto (perto do estádio Independência). O bar em si é superpequeno, mas fica numa esquina e todo mundo fica em pé na rua. Tá sempre cheio.
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* GUAJA *
av. Afonso Pena, 2881 – Centro
Coworking-bar que fica numa casa supergostosa. Tem drinks e hambúrgueres maravilhosos. Durante o dia, aberto para a galera trabalhar com wifi e com espaço para eventos e cursos. De noite, bar. Às vezes tem show e DJs. Só às vezes.
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* TUDÃO *
rua Fernandes Tourinho, 363 – Funcionários
Botecão barato, na linha do Rei do Pastel, mas especializado em espetinhos. Quando tudo fecha, lá continua aberto. Sempre lotado, você toda hora encontra um conhecido por lá.
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** MOVIMENTAÇÕES DA CENA MINEIRA

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* Elo forte na cena rock de BH vem de uma galera de… eletrônico. O núcleo de festas MASTERPLANO fez reviver a forte cena eletrônica que deu fama a BH anos atrás, espalha festas por lugares novos e desocupados da cidade (foto acima) e promove o encontro de tribos musicais variadas em seus eventos. // O belo festival indie recifense NO AR COQUETEL MOLOTOV escolheu BH para ser uma de suas sedes para uma expansão nacional do evento. Em 2016, o Coquetel juntou 2500 pessoas no Centoequatro para misturar atrações locais como Congo Congo e Pequeno Céu com bandas da linha Boogarins e artistas como Ava Rocha. // O coletivo de produtores executivos QUENTE, capacitadores de mecanismos para fomentar e ampliar a cena de bandas e eventos de BH. É produtora, agência e selo de discos. Fizeram a produção do festival Coquetel Molotov (de Recife) em Belo Horizonte e o seminário-festival Sonâncias, ambos no fim de 2016, e estão lançando e gerenciando carreira, entre outras, das bandas Young Lights, Dibigode, Pequeno Céu e Oceania, esta última a reencarnação do Diesel. São os responsáveis pelas festas-projeto Tremor (nA Obra) e Música Quente (nA Autêntica) e já assinaram a assessoria de imprensa da Virada Cultural BH. // A produtora SHAKE SHAKE, em fase de mudanças de formação, é importante pilar da cena indie belorizontina, produzindo mini-festivais, shows em estacionamentos, casas, apartamentos e até na suntuosa Casa do Baile, na Pampulha. No começo deste ano, armaram parceria com a fundamental Casa do Mancha, de SP, para ocupar as casas A Autêntica e A Obra e realizar um festival que teve os locais Young Lights, Sara Não Tem Nome, Sci-Fi e Kill Moves (fora DJs de BH) com o grupo Carne Doce (Goiânia) e figuras do indie Brasil convidadas nas picapes, como o próprio Mancha e o Fabrício Nobre (capo do festival Bananada), entre outras coisas. // Festival anual que tangencia o mainstream mas faz sobrar bem para a camada debaixo da música independente local é o 53HC, que em novembro de 2016 misturou Young Lights, Lava Divers e El Toro Fuerte com bandas como Sepultura e Plebe Rude. // A ARREDA PRODUÇÕES, de Erika Ziller, está por trás tanto de eventos de jazz para crianças como shows indies. // Nada a ver mais tudo a ver com o rock local, o evento divertido e contestador ao mesmo tempo PRAIA DA ESTAÇÃO, que é um “mundo de gente” (foto abaixo, de Pedro Gontijo/O Tempo) de biquíni na Praça da Estação, no Centro da BH sem-praia, bebendo Catuçaí (catuaba + açaí, um clássico do Carnaval de BH). E aí eles chamam um caminhão pipa para molhar a galera. Toda a cena rock, eletrônica, MPB de Belo Horizonte frequenta.

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** FIGURAS DA CENA DE BH

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* Aniston Nest (1)
Espécie de faz-tudo da cena mineira, o DJ, músico, produtor e agitador cultural em várias instâncias Nest é uma das figuras carimbadas dos bons sons de BH, com serviços prestados há mais de 15 anos. Ex-integrante lá atrás da importante banda indie-eletrônica Digitaria, chegou a viver em Berlim, fez turnê europeia e tocou em grandes festivais e clubes por todo o país. Hoje está atuante como empreendedor na produtora QUENTE, um dos motores da cena independente belohorizontina. Nest é desses que, se preciso, gasta um dia ensaiando para virar até baterista de banda argentina em turnê pela cidade, tudo para o show acontecer.
* Carol Mattos (2)
É difícil pinçar uma pessoa de um coletivo importante, mas Carol Mattos, produtora e DJ, é persona das mais reluzentes num fomento criativo, eletrônico, social e econômico da cena plural de BH, à frente da festa MASTERp l a n o. Ou simplesmente Masterplano. A balada, que começou orgânica em apartamentos e depois em calçada em frente de boteco, para 20 pessoas, hoje ocupa a cidade desbravando lugares novos como galpões e fábricas abandonados e decrépitos da velha BH, se transformando depois em local de outras festas, shows e festivais até para o indie rock local. A Masterplano, no Carnaval deste ano, virou a MIKATRETA, com mais de 50 DJs reunidos de 17 coletivos de festas do Brasil. Carol, da Masterplano, ganhou residência também na importantíssima Mamba Negra, uma das mais importantes festas de São Paulo. Completamente descolada da fortíssima cena eletrônica de música e clubes de BH dos anos 80 aos 2000, Carol Mattos, atualíssima, é retrato puro da nova geração sonora brasileira.
* Guto Borges (3)
Guitarrista e vocalista de uma das grandes bandas indies belorizontinas faz um tempo, a Dead Lover’s Twisted Heart, Guto Borges virou “O Cara” do Carnaval da cidade, que uniu tribos diversas em torno do absurdo crescimento dos blocos de rua e tem como característica a forte diversidade de ritmos, com opções para quem gosta de rock, reggae, MPB, marchinha etc. Historiador de formação e professor engajado em causas sociais, Guto é o elo vivo da galera classe média roqueira (e eletrônica) de BH com a periferia. Foi o personagem central de um documentário chamado “Sobre Carnavais e Revoluções”, com roteiro de Mancha Leonel, da antro indie Casa do Mancha, de SP.
* Leonardo Marques (4)
Atual lapidador de som da cena indie de BH, Leo Marques toca o importante estúdio Ilha do Corvo, por onde passou, passa ou passará grande parte das bandas novas que importam na cidade. A trajetória de Leo começa lá atrás, como integrante do Diesel, que tocou no Rock in Rio, assinou com grande gravadora, tinha um público enorme. Leo mudou para Los Angeles, com o Diesel. Como o Diesel acabou não dando muito certo, ele ficou na Califórnia por um tempo e voltou a BH equipado. Montou o importante grupo Transmissor e construiu um estúdio caseiro fora de BH. Com a dispersão do Transmissor, assinou seu primeiro álbum solo em 2012, com o segundo, de 2015, tocou até no Japão. Junto com o belga Yannick Falisse, fundou o selo La Femme Qui Roule, que escoa atualmente o melhor da cena nova indie mineira, das guitarras à MPB “à la MG” e eletrônica. O dedo de Leo esta por toda parte na música nova de BH, hoje.

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** PLAYLIST DA CENA

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A Popload agradece muito: Laura Damasceno, Julia Abrahão, Rodrigo James, JP Cardoso e Cadu Doné.

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* O Mapa do Rock é um projeto da Popload em parceria com a GOL Linhas Aéreas Inteligentes.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 01/06/2017
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