Popnotas 2 – O Cavalo Marinho fofo do Compositor Fantasma. Wet Leg faturando o Brits e zoando (!) o Arctic Monkeys. Tennis de manhã na TV americana. E um vídeo que envolve os Carpenters, o Burt Bacharach e o Ed Sullivan

CENA – Uma vez o Alex Turner cantou que queria ser o aspirador de pó da pessoa amada e respirar toda a poeira dela e todo mundo achou lindo. Gabriel Serapicos, em novo single de seu Compositor Fantasma, canta que queria ser um cavalo-marinho, para fazer amor girando no redemoinho do fundo dos oceanos. Não é fofo? Segundo o autor explica sobre a música, bem radiofônica, é que “Cavalo Marinho” é “um synth-pop romântico-submarino sobre a vida sexual dos peixes,no caso, nós”. Entende? A gente curte bem o Compositor Fantasma por aqui, então somos até suspeitos para falar. Sobre o nome do projeto, de novo, Serapicos conta que ele nasceu para reviver as músicas de “um compositor que desapareceu deixando para trás incontáveis letras e partituras”. Esse “perdido” novo single é na verdade um achado. A música, que na real é cantada por Fábio Barros, o LoFábio, vai entrar num álbum chamado “Sadomasocristo”, que sai provavelmente no segundo semestre. Abaixo, “Cavalo Marinho”, do Compositor Fantasma.

– Parece banda dos anos 70 no visual, tipo Carpenters, a atualíssima e americana Tennis, de Denver, Colorado, lançou seu novo álbum sexta-feira passada. “Pollen” é o sexto disco do duo de indie pop formado pelo casal Alaina Moore e Patrick Riley, que ao vivo chama dois amigos para atuar em quarteto. No sábado, eles se apresentaram de manhã na TV aberta americana, no famoso “CBS Saturday Morning”, para mostrar ao vivo o que eles iam fazer à noite, com a deliciosa “Let’s Make a Mistake Tonight”.

– Não foi à toa que o nome dos Carpenters veio à tona na nota anterior, aí do Tennis acima. É que a maravilhosa banda dos anos 70, liderada pelos irmãs Karen e Richard Carpenter, está tendo uma sobrevida, de repente, nas redes sociais. O grupo da inesquecível Karen Capenter, vocalista e baterista que morreu em 1983, ganhou HOJE uma conta oficial no Instagram. E uma incrível performance dos Carpenters apareceu nestes dias na conta do Youtube do velho e sempre bom “The Ed Sullivan Show”, talvez o maior programa de TV da história no que se refere a apresentações musicais, que foi ao ar de 1948 a 1971 e teve um tal de Beatles na sua trajetória. Pois bem, subiram neste final de semana um especial que os Carpenters gravaram em homenagem ao genial compositor Burt Bacharach, morto na semana passada. Fizeram um medley ao vivo de seis minutos com músicas famosas do compositor americano. Tudo muito lindo contido neste vídeo.

– Depois da pataquadinha recente do Grammy enquanto prêmio de música, nada como um Brit Awards. A cerimônia inglesa, que aconteceu no sábado no gigante O2 Arena, em Londres, teve como destaque o grupo Wet Leg ganhando como melhor artista revelação e banda do ano. As moças e os meninos da Ilha de Wight também fizeram, na noite, uma performance ao vivo de seu bombástico single de estreia, a “Chaise Longue” na cerimônia, apoiadas pelo coletivo de dança de Morris, Boss Morris, cercadas por feras e arbustos dançantes (!), num tipo de “espetáculo pagão”. O destaque da noite do Wet Leg, fora os prêmios e o a “Chaise Longue” ao vivo em si, foi o discurso de agradecimento do prêmio de “banda do ano”, que ironizou/homenageou Alex Turner no discurso de 2014, quando o Arctic Monkeys ganhou o “álbum do ano”, com o “AM”. A guitarrista e vocalista Rhian Teasdale (foto na home) mandou assim, tal qual Turner: “That rock’n’roll, eh? That rock’n’roll, it just won’t go away. It might hibernate from time to time and sink back into the swamp.


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