Todo o rebolado, a ginga e o <3 de Father John Misty no Sasquatch

Todo o rebolado, a ginga e o <3 de Father John Misty no Sasquatch Foto: divulgação

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* Popload quando em Washington, semana passada. O estado, não a capital.

* Ainda sobre o Sasquatch Festival 2015, que aconteceu por quatro dias até semana passada no inacreditável Gorge Amphitheatre, um penhasco “qualquer” à beira do rio Columbia, em uma região de penhascos no lado noroeste americano perto (ou longe) umas três horas de Seattle.

O último romântico do indie, o incrível Father John Misty, teria feito o show mais incrível do Sasquatch se o Nirvana do Reading Festival de 1991 (não confundir com o de 1992) não tivesse baixado na Courtney Barnett e o Sol não participasse tão ativamente como astro (mesmo!) convidado do concerto do Tame Impala.

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Josh Tillman tem sido uma espécie de camaleão toda vez que o vemos. Está sempre diferente visualmente e em constante mutação, dentro de um estilo que é só seu, veja bem. Lá atrás ele andava escondido atrás de uma barba (barba, não banda) hipster gigante e de uma bateria atrás do ex-grupo folky Fleet Foxes. Depois virou crooner quando lançou o ainda folkyyyy “Fear Fun”, em 2012, solo e sob a alcunha atual Father John Misty, só que desta vez com a palavra. Deixaram o homem cantar. E dançar. Tinha agora uma banda (banda, não barba) indie por trás, que o levava a produzir um certo barulho teenage, mas carregava o microfone como arma de discursos, sobre o amor, sobre o mundo, sobre as redes de lanchonete que produzem porcarias, sobre o iphone gravando shows e distribuindo de graça som e imagem dos tadinhos dos artistas. Blablás.

Agora Misty está lapidado. Com a turnê do rico e delicioso “I Love You Honeybear”, um dos melhores álbuns lançados neste ano, Father John Misty carregou em tintas amorosas descaradas, fez músicas elásticas que vão da love song ao dance, sua banda melhorou muito, seus momentos solos estão mais confiantes e sua dança, mais efusiva. Show man. Num jeito engraçado de comparar, para que não sei, mas ele está um Sidney Magal indie, do requebrado às declarações românticas a seu “docinho de coco”, seu jeito bem vestido cool de se apresentar e, principalmente, seu requebro sensacional em cena. E olha que eu amava sua peganda indie-folk de 2012, 2013. Mas hoje em dia, com dois álbuns ótimos e uma postura única no palco, um show do Father John Misty é magnético.

Abaixo, direto do Sasquatch, duas performances de FJM no festival americano. Uma com seu novo “hit dance” “True Affection”, do álbum novo, e a fantástica “Hollywood Forever Cemetery Sings”, do disco de 2012.

Ahaza, Josh!

A foto do Father John Misty na home da Popload é de Chona Kasinger, feita no Sasquatch.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 02/06/2015
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