Popnotas – O Cribs falando de amor. O Big Thief turbinado no Fallon. E o Adam Green comemorando os 20 anos de “Gemstones”

Popnotas – O Cribs falando de amor. O Big Thief turbinado no Fallon. E o Adam Green comemorando os 20 anos de “Gemstones” Foto: divulgação

*** O Cribs também sabe falar de amor. O ótimo trio inglês acabou de soltar um novo single chamado “A Point Too Hard To Make”, uma baladinha com textura pop que o vocalista/baixista Gary Jarman acredita “refletir todo aquele dano dos anos 2000”, ou seja, quando tudo era meio caótico no início da banda. “Românticos de cidade pequena, anos desejando conexão, fuga, emoção. Tudo isso meio que nos foi dado em abundância, por uma década inteira. E agora? O que você faz quando a festa acaba? A gente ainda tem um ao outro. É disso que trata essa música, um verdadeiro ‘kitchen-sinker’”, contou. O novo single sucede “Summer Seizures”, o primeiro gostinho do disco, que marca a fase mais pop do grupo até agora. “Sempre amamos música pop”, disse Ryan Jarman um tempo atrás à inglesa NME. “Mas por culpa punk, talvez, a gente sempre escondeu esse lado. Com o produtor Patrick Wimberly (Beyoncé, Ellie Goulding, Lil Yachty), sentimos que podíamos liberar isso”. A faixa está em “Selling A Vibe”, primeiro disco deles em seis anos, que será lançado em janeiro de 26.

*** Já o também ótimo Big Thief apresentou ontem uma performance delicada e envolvente de “Grandmother”, faixa do recém-lançado álbum “Double Infinity”, no programa The Tonight Show do Jimmy Fallon. O grupo, marcado por sua entrega ao vivo e ao mesmo tempo minimalista, contou dessa vez com um coral de apoio, múltiplos percussionistas e uma instrumentação expandida com chocalhos, congas, guitarras e baixo, criando uma atmosfera quase ritualística. O novo disco, um dos melhores do ano, foi lançado no mês passado e traz também os singles “Incomprehensible”, “All Night All Day”, “Los Angeles” e “Words”.

*** Sujeito indie roots, Adam Green vai celebrar os 20 anos do seminal “Gemstones” com reedição em vinil especial, disponível em preto padrão e em outra edição limitada em amarelo, com capa espelhada. Chique. Lançado originalmente em 2005, o disco marcou uma das fases mais inspiradas do integrante do Moldy Peaches. “Eu tinha 23 anos e estava começando a lidar com a fama repentina na Alemanha”, relembrou Green. “Era a formação clássica, com Steven Mertens, Parker Kindred, Nathan Brown e Chris Isom, e estávamos em nosso auge. Tínhamos feito turnês o ano todo, sabíamos as músicas de cor”. O cantor cita influências que iam de Scott Walker e Jacques Brel a Chet Baker e The Doors, e diz que o álbum “simplesmente aconteceu”. “Há feitiços poderosos ali. Eu estava no lugar certo, na hora certa. ‘Gemstones’ é a prova disso. Era um tempo de otimismo, antes do niilismo que viria com o disco seguinte”. O lançamento, que será pela cool Rough Trade Records, está marcado para 12 de dezembro.

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